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16/07/2019 9:13
A Secretaria de Saúde de Tijucas, através da Vigilância em Saúde, está desenvolvendo ações alusivas ao “Julho Amarelo”, uma campanha que reforça as medidas de prevenção às hepatites virais, bem como o tratamento correto para a doença. Uma enfermidade que ataca o fígado geralmente tem evolução silenciosa e quase sempre apresenta sintomas apenas quando já está em estágios avançados de inflamação.
“É muito importante chamar atenção sobre o cuidado com as hepatites virais. Por isso mesmo, a informação é fundamental para que a nossa população fique atenta, especialmente com os cuidados simples e que podem auxiliar em muito na prevenção. É o mês de reafirmar ações contundentes sobre o assunto”, destacou o secretário de Saúde de Tijucas, Vilson José Porcíncula.
A Hepatite pode ser causado por vírus, bebida alcoólica e alguns medicamentos. Existem cinco tipos identificados da doença: A, B, C, D (Delta) e E. Para todos os tipos, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito. Para a médica infectologista, Aline Vitali Grando, hoje um dos grandes desafios é encontrar as pessoas que ainda não foram diagnosticadas e fazer com que elas iniciem o tratamento.
“Em muitos casos, as hepatites não apresentam qualquer sintoma e isso aumenta os riscos e a dificuldade de tratamento para a doença. Tem muita gente que é portadora do vírus B ou C e ainda não sabe. Por isso a campanha do Julho Amarelo é fundamental para a conscientização”, ressalta a médica que trabalha na Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC).
Testes rápidos
Até o dia 31 de julho, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município estão disponibilizando kits de teste rápido para diagnóstico das hepatites virais. O teste sai em, no máximo, 30 minutos. Para participar, basta que o paciente compareça com o cartão do SUS e um documento de identidade em uma das UBS da cidade, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h.
Dia 28 de julho é o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, por isso durante toda a semana que vem, a secretaria reforçará ações de prevenção e dicas relacionadas à luta contra a doença. Profissionais da saúde estarão nos semáforos dando informações à comunidade, de segunda à sexta-feira que antecedem a data.
Uma barraca disponibilizando os testes rápidos e orientações será montada em Frente ao Hospital São José na sexta-feira (26).
Através dos testes rápidos é possível saber se você tem algum tipo de hepatite, sem a necessidade de realizar exames laboratoriais. O exame é feito com a coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo, depois é só esperar o resultado e iniciar o tratamento, caso seja necessário.
Profissionais de estética
Na próxima segunda-feira (22) será realizada uma oficina para os profissionais de estética do município. Interessados podem fazer sua inscrição pelo telefone (48) 3263-4452 ou 3263-7076 e também via WhatsApp para o número (48) 99181-4652 até o dia 19 de julho (sexta-feira).
Desafios globais
As hepatites virais, com destaque para os tipos B e C, são um grande problema de saúde pública não só no Brasil, mas em todo o mundo, com altas taxas de detecção. Esses dois tipos são os que mais preocupam, pois podem evoluir e se tornar crônicas, causando danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer.
Para controlar esses casos, o Ministério da Saúde tem adotado medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento em conjunto com estados e municípios para alcançar a meta global estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A meta é eliminar as hepatites virais como um problema de saúde pública até 2030, através da redução de novas infecções em 90% e em 65% a mortalidade.
Em Santa Catarina, a estratégia adotada para reduzir esses índices tem sido a ampliação do diagnóstico através dos testes rápidos. Entre 2017 e 2018, segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde foram distribuídos 969.100 testes rápidos para hepatite B e 985.875 para hepatite C.
Transmissão
Hepatite B: É transmitida pelo sangue e/ou nas relações sexuais sem preservativo. É possível contrair a doença por meio do compartilhamento de objetos como agulhas e seringas, lâminas de barbear, materiais cirúrgicos e odontológicos, materiais de manicure sem adequada esterilização ou por meio de materiais para confecção de tatuagens e colocação de piercings.
Hepatite C: É transmitida pelo sangue, uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas e canudos de inalação e materiais perfuro cortantes contaminados. Quem recebeu transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993 deve fazer o teste.
Texto e Arte: Patrícia Ferreira | Colaboração: Elenise Zimmer dos Santos
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