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Profissionais da Saúde apresentam projeto para tratamento de pacientes com DTM

20/08/2019 12:46

Dores no rosto e ouvido, dificuldade para abrir a boca ou mastigar, dores de cabeça... Sintomas tão comuns como estes afetam as vidas de milhares de pessoas que procuram profissionais da neurologia, odontologia ou otorrinolaringologia. Sem ter ideia do mal que sofrem, o problema pode estar, na verdade em outro local: na mandíbula. É a Disfunção Temporomandibular.

Na manhã da última terça-feira (13), um grupo de profissionais da Saúde, juntamente com o secretário da pasta, Vilson José Porcincula, apresentaram ao prefeito de Tijucas, Eloi Mariano Rocha, um projeto de tratamento para pacientes com Disfunção Temporomandibular, a conhecida DTM.

O termo disfunção temporomandibular é utilizado para reunir um grupo de doenças que acometem os músculos mastigatórios, articulação temporomandibular e estruturas adjacentes. A DTM tem origem multifatorial. Apesar disso, pesquisas relatam que a causa gira em torno de três fatores: psicocomportamentais, oclusais e neuromusculares. Ansiedade, estresse e depressão são considerados atualmente como os principais fatores.

De acordo com o grupo, o objetivo do projeto é oferecer um tratamento multidisciplinar para a patologia no município de Tijucas, tratando especificamente as dores crônicas provocadas pela enfermidade e melhorando a qualidade de vida dos pacientes com DTM.

A DTM é a causa mais comum de dor facial e de cabeça, sendo considerada um problema de saúde pública, afetando de 5 a 12 % da população mundial. No Brasil, o problema pode acometer de adolescentes a idosos, chegando a afetar até 75% da população.

“Normalmente essa disfunção afeta a população de forma tão intensa que a dor da DTM tem impacto negativo na qualidade de vida do paciente, prejudicando as atividades do trabalho (59,09%), da escola (59,09%), o sono (68,18%) e o apetite/alimentação (63,64%). A doença apresenta um caráter multifatorial, com diagnóstico e tratamento complexos, exigindo um conhecimento amplo e multidisciplinar”, apresentou o psicólogo Abrahão Rocha Brandão.

Como funcionará

O paciente será avaliado pelo profissional de saúde da Unidade Básica de Saúde (UBS) (dentista, médico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo ou psicólogo) que irá avaliar a necessidade de tratamento para DTM. Identificada a necessidade, o paciente deverá ser encaminhado via sistema ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) para a especialidade de Prótese Dentária.

Após realizar exame clínico completo, o especialista do CEO irá identificar qual o tratamento mais adequado para cada paciente e, além de realizar o tratamento odontológico para a doença, irá encaminhá-lo através de fluxo interno para o Centro Municipal de Promoção à Saúde (CEMPS), para as especialidades de Fisioterapia e Psicologia.

“Como o tratamento é multidisciplinar, o paciente realizará as sessões de fisioterapia, psicologia e odontologia simultaneamente. Para o tratamento odontológico serão realizados: confecção de placa de relaxamento, ajuste oclusal, reabilitação com próteses removíveis. Já o tratamento fisioterápico incluirá aplicação de laser, terapia manual e cinesioterapia. Na parte psicológica, o tratamento incluirá psicoeducação, grupos terapêuticos e técnicas de relaxamento. Estamos planejando um tratamento completo”, assegura o secretário de Saúde, Vilson José Porcincula.

Texto e Fotos: Patrícia Ferreira

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