Temporariamente indisponível
14/12/2012
Diante dos inúmeros transtornos ocasionados pelo fechamentoda Maternidade Chiquinha Gallotti, de Tijucas, e das declarações emitidas pelaDireção da mesma, a Administração Municipal sente a necessidade de vir apúblico esclarecer o caso.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, aAdministração Municipal mantém um convênio com a Sociedade Divina Providência -a qual administra o Hospital São José e a Maternidade Chiquinha Gallotti.
A partir dele, fica estabelecido um auxílio a estas duasinstituições por parte da Administração Municipal e que tem por objetivo viabilizaro funcionamento e a manutenção dos serviços de urgência e emergência. O valor,estabelecido em R$ 56 mil é repassado mensalmente ao hospital. De acordo com aSecretaria, também fica a cargo do Município o pagamento das taxas de água,lixo e lixo hospitalar, os quais, juntos, somam mais de R$ 3 mil mensais.
Segundo a Secretaria Municipal de Finanças, no dia 28 destemês a Administração vai efetuar o repasse referente ao mês de novembro e a parcelade dezembro terá vencimento somente em janeiro de 2013, tendo programação para pagamento,portanto, somente para o ano que vem.
A Secretária Municipal de Saúde de Tijucas, RosiclerFurtado, explica que a Administração Municipal vem sendo injustamenteresponsabilizada pelo fechamento da maternidade.
"O que a comunidade precisa entender é que a AdministraçãoMunicipal não é a responsável pela contratação ou pagamento dos servidores queatuam no hospital e na maternidade de Tijucas. O que repassamos mensalmente,como auxílio à entidade, é destinado à manutenção dos serviços de urgência eemergência e portanto, fica a critério do hospital o uso deste recurso" -explica.
Ela ainda afirma que no momento em que o Diretor daMaternidade Jean Carlos Formento decidiu pela interrupção no atendimento, aAdministração Municipal recebeu ofício emitido ao Gabinete do Prefeito e àSecretaria de Saúde informando o Poder Executivo da decisão e pedindo apoio notransporte de pacientes que necessitem de remoção a hospitais de cidadesvizinhas.
"No documento que recebemos assinado pelo Diretor, ele relataa dificuldade de contratação de profissionais para atuarem na área deobstetrícia, além da baixa remuneração oferecida a estes médicos e pede apoiona remoção de pacientes após atendimento na emergência do hospital. O que temacontecido, no entanto, é que nem mesmo o atendimento de emergência tem sidoprestado a estas pacientes e a responsabilidade pelo encaminhamento está sendo exclusivamentedo Pronto Atendimento 24 horas, já que a equipe do Hospital tem negado oatendimento a estas pessoas em sua emergência." - complementa.
Neste documento a Direção também deixa claro que os motivosda interrupção são, falta de médicos obstetras para completar a escala deplantão de sobreaviso; dificuldade na contratação de novos profissionais obstetras além da baixa remuneração dos profissionais pelos serviçosprestados." - diz o ofício (LEIA O DOCUMENTO NA ÍNTEGRA AQUI: Ofício Direção Hospital)
Vale ressaltar que o auxílio ao Hospital já vinha sendofeito pela Administração Municipal durante toda a gestão do Prefeito ElmisMannrich, e neste ano, a pedido da Sociedade Divina Providência foi solicitado aumentono valor repassado mensalmente pela Prefeitura, que antes era de R$ 34 mil epassaria para os atuais R$ 56 mil
O fato foi noticiado pela Administração Municipal em 13 deabril de 2012 quando o Poder Executivo encaminhou Projeto de Lei à Câmara deVereadores solicitando aumento no valor repassado à instituição.
O Projeto foi aprovado pelos vereadores e sancionado peloPrefeito Elmis, resultando na Lei Municipal número 2424/2012 e celebradoatravés de convênio que tem vigência até 31 de dezembro deste ano.
A Secretaria Municipal de Saúde ainda lembra que além dosrecursos repassados pelo Município, o Hospital de Tijucas também recebe verbasdo Governo do Estado que ultrapassam os R$ 180 mil mensais.
"Desta forma, nos dirigimos à comunidade para dizer que nosmostramos preocupados com o caso e que temos prestado todo apoio necessário, indoinclusive, além do que foi solicitado pela instituição. No entanto, precisamos queas pessoas compreendam que o fechamento da maternidade não foi ocasionada e nempode ser considerada responsabilidade da Administração Municipal, e sim dainstituição que a administra" - conclui a Secretária.
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(Texto: Karina Peixoto | Foto: Luiz Junior)
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