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23/11/2017 12:55
A alimentação de qualidade é um dos fatores que possibilitam que crianças se desenvolvam com saúde e tenham bom rendimento escolar. Para isso, a comida servida nas escolas demanda muita atenção e cuidados especiais. O prato cheio, com comida saborosa e saudável é a ponta desse processo, que começa muito antes e exige uma logística bem detalhada.
Para controlar o estoque, fazer a compra de alimentos, preparar o cardápio e acompanhar o preparo da merenda nas escolas, a Secretaria Municipal de Educação conta com as nutricionistas Graziely Motter Possamai e Vanessa Carvalho.
Graziely descreve o trabalho como um processo contínuo de planejamento e avaliação. Segundo ela, no início do ano as nutricionistas fazem reuniões com as equipes de merendeiras para desenvolver o cardápio. Ao longo do ano, acontecem visitas frequentes às unidades escolares, para avaliar o trabalho e propor mudanças, se necessário.
Nutricionista da educação de Tijucas há 14 anos, Graziely destaca que os cardápios são desenvolvidos de acordo com as características de cada unidade, porque em algumas, a necessidade nutricional é maior do que em outras. Há escolas em que a demanda é maior em virtude da condição de vulnerabilidade social dos alunos, por exemplo.
A logística para distribuição dos alimentos para as unidades escolares começa com a visita da nutricionista, que verifica o estoque para encaminhar os produtos necessários. Essa visita é feita mensalmente nas escolas e a cada 15 dias nas creches. No depósito da secretaria, a equipe recebe os alimentos e os encaminha, conforme a necessidade.
Frutas, verduras e hortaliças são recebidas toda semana e logo enviadas às escolas e creches, ainda frescos. A conservação destes alimentos é feita nas unidades, que têm condições de mantê-los refrigerados.
A nutricionista Graziely ressalta a preocupação que a equipe tem com a qualidade do que é servido para os estudantes da rede municipal. Atualmente, a Lei da Merenda Escolar (Lei 11.947/2009) determina que 30% do valor repassado aos municípios pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) deve ser destinado à aquisição de produtos da agricultura familiar. Em Tijucas, o valor destinado a estes produtos supera os 30%. Destes, apenas a banana e o suco de uva não são produzidos por agricultores do município.
“Quase não temos produtos industrializados na merenda e no ano que vem, se der tudo certo, não teremos nada”, afirma a nutricionista, que tem intensificado o trabalho para que a alimentação nas escolas seja a mais natural possível. Além do cuidado com a qualidade dos alimentos, há um constante acompanhamento do trabalho das merendeiras e auxiliares de cozinha, que somam aproximadamente 180 profissionais.
Escolas e creches têm características próprias em relação às refeições servidas. Nas creches, são quatro por dia. Nas escolas, uma refeição por turno, mais o almoço, servido para os alunos que integram o programa Mais Educação, que tem atividades no contraturno escolar.
Texto: Thiago Furtado (Estagiário da Diretoria de Comunicação) | Fotos: Larissa Souza
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