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07/03/2019 8:53
A tijuquense Viviane Corrêa dos Santos começou a sentir as dores do parto quando estava em casa. Chamou o marido e após cerca de trinta minutos chegaram à maternidade do Hospital Regional de Biguaçu Helmuth Nass. Ela sabia como proceder neste momento em que as gestantes de Tijucas têm que conviver com a ausência da maternidade na cidade. A unidade foi fechada em 2017 pelo grupo gestor do Hospital São José, mesmo após vários esforços da administração municipal.
“Cheguei aqui e passei por duas médicas. As enfermeiras me trataram muito bem e mesmo com dor tive paciência para esperar o nascimento do meu filho Brayan que veio ao mundo com 3,255 kg, às 11h39. Se fossem me pedir uma avaliação, daria nota 10 para o atendimento e as instalações da maternidade. Super recomendável”, afirma Viviane.
Assim como ela, outros 80 atendimentos à gestantes de Tijucas já foram feitos na maternidade da cidade vizinha. De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Helmuth Nass, 22 leitos estão à disposição das futuras mamães da região. “Uma equipe com médico obstetra, pediatra, anestesista, enfermeira obstetra e técnicos de enfermagem estão sempre prontos para atender as pacientes”, informam.
A Secretaria de Saúde tem trabalhado para garantir o melhor atendimento para as gestantes do município. A parceria com o Hospital Regional de Biguaçu, que possui uma maternidade referência para a região, consolida este esforço.
“Sem nenhuma diferença! Atendemos todas as gestantes, independentemente de sua procedência. Pode ser de Tijucas, Biguaçu, São João Batista ou Governador Celso Ramos. Todas serão bem atendidas aqui”, assegura a gerente de enfermagem Cristiane Mafessoni.
A maternidade conta com espaços para partos cesáreos e normais, além de ser preparada para a realização de partos humanizados. “As grávidas de Tijucas podem contar com um atendimento de excelência e com todo o conforto nas acomodações”, certifica o secretário de saúde de Tijucas, Vilson José Porcíncula.
Tudo começa no Pré-natal
O pré-natal é indispensável para o acompanhamento da saúde de uma gestante e de seu bebê. Além dos ultrassons e das consultas regulares com o obstetra, outras técnicas podem auxiliar a futura mamãe em relação à expectativa e ao nervosismo no momento do parto.
Foi pensando nisso que a Secretaria de Saúde de Tijucas, através da enfermeira Maeve Coelho Moreira, teve a ideia de implantar um pré-natal diferenciado: a Partolândia. “Em um ano de existência do projeto foram 21 encontros e 174 participantes entre gestantes, puérperas, familiares e alguns profissionais convidados”, conta a idealizadora Maeve.
Em datas e horários agendados, o grupo de gestantes realiza uma roda de conversa com uma equipe médica. As participantes têm espaço livre para questionar e tirar dúvidas acerca do momento em que estão vivendo com a médica. As recém-mães também participam e contam suas experiências com o atendimento do hospital, compartilhando relatos sobre parto, amamentação e dificuldades.
“Se não fosse toda informação que recebi das profissionais da Partolândia teria me sentido insegura na hora do parto, mas fui muito bem orientada. Agradeço muito ao projeto pelo acompanhamento na gestação. Antes do parto me tiraram dúvidas, inclusive durante a madrugada e no pós-parto até recebi visitas em casa”, conta Chaiane Oliveira.
O projeto também oferece a pintura gestacional: um desenho feito na barriga da gestante com tintas laváveis, atóxicas e próprias para pele. “É um trabalho feito mais no final da gestação como uma despedida da barriga e permite que a mãe consiga, de uma forma lúdica, observar a vida que há dentro dela, a posição que seu bebê está. É um ato individualizado, relaxante e uma maneira da mãe se conectar ainda mais com o bebê”, explica Maeve.
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Texto: Patrícia Ferreira | Fotos: Larissa Souza
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