Temporariamente indisponível
27/05/2020 13:04
Há exatamente um mês foi decretado estado de emergência em Tijucas devido ao aumento no número de casos de dengue na cidade. Desde então, o município tem adotado uma série de medidas emergenciais para combate à doença e à infestação do mosquito Aedes Aegypti.
“Neste mês foram adotadas ações de bloqueio para eliminar os focos e criadouros do mosquito, evitando que o Aedes aegypti, transmissor da dengue, se prolifere. Aplicamos larvicidas em focos do mosquito espalhados por toda cidade. Vários setores estão trabalhando em conjunto para resolver o problema, inclusive contamos com apoio estadual”, explica o secretário municipal de Saúde, Vilson José Porcíncula.
- Vistorias às residências (mais de 9 mil pontos de foco foram visitados);
- Colocação de pastilhas de cloro e limpeza de bocas de lobo;
- Pulverização de pontos infestados em parceria com o Estado;
- Contratação de mais profissionais para equipe de combate à dengue;
- Mutirão de limpeza e notificações de terrenos;
- Disponibilização de ouvidoria para denúncias de focos;
- Mapeamento de locais com drone.
Uma equipe especializada do setor de Endemias está realizando um trabalho de controle de vetores. Os profissionais orientam as famílias e fiscalizam as residências sobre possíveis locais de proliferação do mosquito.
Uma verdadeira varredura foi feita de casa em casa no Centro e no bairro Universitário, 5.989 imóveis foram vistoriados e visitados nestes locais. No total foram vistoriados 9.463 pontos nos bairros com focos até a última sexta-feira, 22 de maio.
Com apoio do SAMAE de Tijucas, no dia 05 de maio, a prefeitura fez a aplicação de pastilhas de cloro em bocas de lobo. O produto foi aplicado no bairro Praça e também no Universitário, com destaque para o loteamento Mata Atlântica.
No dia 30 de abril foi realizada a pulverização com inseticidas em locais de maior índice de infectados. A operação foi realizada pelo Estado em parceria com Vigilância em Saúde de Tijucas e apoio da Ditran.
Diante da necessidade de resposta urgente ao surto de dengue em Tijucas, a Administração Municipal contratou emergencialmente quatro pessoas para o cargo de Agentes de Combate as Endemias.
Com apoio da Secretaria de Obras foi feita a limpeza de terrenos baldios e das valas em todo o município, bem como entrega de notificações para proprietários de terrenos que necessitavam de limpeza e retirada de lixo acumulado. A Vigilância também verificou as áreas externas das empresas de grande porte instaladas no município.
Foram registradas e verificadas 86 denúncias de locais contaminados ou terrenos precisando de limpeza na página da Ouvidoria no site da prefeitura de Tijucas.
Com a utilização de Drone, foram mapeadas e verificadas as áreas de difícil acesso auxiliando os agendes de endemias na catalogação de dados.
Para dar maior transparência e conscientizar a comunidade sobre o número de casos de dengue no município, a Diretoria de Comunicação publica boletins informativos diários. Também são preparados materiais complementares, como reportagens escritas e em vídeo, além de postagens informativas nas redes sociais.
“As ações diariamente realizadas por todo o município estão dando um ótimo resultado. Se a Administração Municipal não realizasse todas essas frentes de combate, com certeza a situação seria ainda pior. Estamos fazendo nossa parte, mas a população também precisa se responsabilizar e vigiar suas ações dentro de casa”, destaca Joseane Ternes, coordenadora de Endemias.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, hoje Tijucas registra 183 casos confirmados de dengue e ainda aguarda o resultado de exames de outras 23 pessoas. Até o momento possui 96 focos do mosquito espalhados pelo Centro e outros oito bairros da cidade, são eles: Santa Luzia, Praça, Universitário, Areias, Joáia, Nova Descoberta e Sul do Rio (Centro e Universitário são considerados bairros infestados pelo mosquito).
Porém com a chegada do inverno a população do mosquito transmissor da doença diminui. A prevenção continua sendo a única maneira de evitar a proliferação do mosquito e isso depende da colaboração da comunidade evitando depósito de água em suas residências.
“O problema não acaba se não forem eliminados os ovos. Eles podem permanecer intactos por até um ano e meio nos criadouros a espera de clima mais quente favorável para eclosão dos ovos, e assim gerando um novo ciclo do mosquito”, explica Idarleni Daroci, responsável pela Vigilância em Saúde de Tijucas.
Em áreas infestadas, os agentes de endemias voltarão nas residências que estavam fechadas e também em locais de difícil acesso no primeiro ciclo do tratamento (varredura), para tentar vistoriar o maior número de imóveis possíveis e assim fechar o ciclo de proliferação do mosquito.
Essa ação se repetirá a cada dois meses até que não haja por seis meses nenhum foco do mosquito naquela área. Nesse processo de notificação será dado o prazo máximo de sete dias (conforme lei aprovada essa semana) para que os proprietários se adequem as normas de prevenção.
“Estaremos intensificando o trabalho de verificação das redes de armadilhas e aumentando as quantidades, para que possamos ter o maior controle da proliferação. Faremos a revisão diária do mapa dos casos de pacientes infectados, para definição de novas ações de pulverização, junto com a DIVE, Controle de Zoonoses do Estado”, finaliza Idarleni.
Texto: Patrícia Ferreira | Arte: Larissa Souza
© 2024. Prefeitura Municipal de Tijucas
- Santa Catarina - Brasil